BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta terça (2) que não vê espaço para anistia mesmo após o julgamento sobre a trama golpista. Além do petista, outros deputados da base aliada do governo Lula (PT) compareceram ao Supremo Tribunal Federal.
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“A gente não aceita discussão sobre anistia. Esse debate vai existir essa semana, mas vai crescer depois do julgamento. Vi a fala do ministro Barroso, mas pelas decisões que existem no STF não achamos que existe espaço nenhum. É inconstitucional”, afirmou Lindbergh, na entrada do STF para acompanhar o julgamento.
O deputado também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro, por declarações favoráveis à anistia.
“Tarcísio agora começou a ser o defensor da anistia. A pessoa que diz que vai dar o indulto. No momento em que vai acontecer o julgamento do Supremo, isso parece até provocação. São declarações infelizes.”
Outros petistas foram às redes sociais na manhã desta terça para comentar o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus da trama golpista.
A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) afirmou que o processo representa um “encontro marcado com a democracia” e que a “Justiça terá a palavra final”.
O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), celebrou o julgamento do ex-presidente e declarou: “Ninguém ficará impune por afrontar a democracia e as instituições”.
A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) disse, ao chegar ao Supremo, que o julgamento da trama golpista no STF é histórico e lição para o mundo. Ela acompanha da corte o julgamento que pode condenar Bolsonaro a mais de 40 anos de prisão. Outros políticos também devem marcar presença.
“Todo processo mostra que tivemos risco irreversível para a democracia no Brasil. () As instituições brasileiras reagiram, povo brasileiro reagiu”, disse a jornalistas ao chegar no local. “É uma lição realmente pro mundo”, completou.
Ao menos dois deputados do PSOL, Pastor Henrique Vieira (RJ) e Fernanda Melcchiona (RS), também acompanham a sessão na Primeira Turma do STF.
Os parlamentares que se credenciaram podem comparecer a todos os cinco dias de sessões na Primeira Turma do STF. No plenário do colegiado fracionado, há assentos reservados para os parlamentares que se inscreveram previamente para acompanhar o julgamento.