O grafeno possui uma ampla gama de aplicações devido às suas propriedades excepcionais. Na área da eletrônica, ele pode ser usado na fabricação de telas flexíveis, baterias de carregamento ultrarrápido e componentes eletrônicos mais eficientes.
Também é promissor no desenvolvimento de sensores altamente sensíveis e em dispositivos de armazenamento de energia, como supercapacitores. Além disso, sua leveza e resistência o tornam ideal para uso em materiais compósitos na indústria aeroespacial e automobilística.
Outro campo onde o grafeno tem ganhado destaque é o da medicina. Pesquisas mostram que ele pode ser utilizado em curativos inteligentes, capazes de monitorar feridas e liberar medicamentos, e em dispositivos biomédicos que realizam diagnósticos precisos.
Há ainda investigações sobre seu uso em tratamentos contra o câncer, já que o grafeno pode ser funcionalizado para transportar medicamentos diretamente às células doentes. Isso mostra o potencial revolucionário desse material para a saúde pública e a biotecnologia.
O que é o grafeno?
O grafeno é um material derivado do carbono, extraído principalmente do grafite, um mineral abundante na natureza. A estrutura do grafeno consiste em uma única camada de átomos de carbono dispostos em um padrão hexagonal, semelhante a um favo de mel. Esse material chamou a atenção da comunidade científica por suas propriedades únicas: ele é extremamente leve, resistente, flexível e possui excelente condutividade elétrica e térmica.
A produção de grafeno pode ser feita por diferentes métodos, sendo os mais comuns a esfoliação do grafite e a deposição química de vapor (CVD).
Extração de grafeno a partir do coco babaçu
Nos últimos anos, pesquisadores brasileiros descobriram uma possibilidade inovadora e sustentável de obter grafeno: a partir do coco babaçu, fruto típico da região Norte e Nordeste do Brasil. Por meio da queima controlada do mesocarpo do coco, que é rico em carbono, é possível obter um tipo de carvão que serve como matéria-prima para a produção de grafeno.

Essa alternativa tem atraído interesse por aliar a produção do material de alta tecnologia a uma fonte renovável, barata e disponível em regiões de baixo desenvolvimento industrial, o que também pode gerar emprego e renda para comunidades locais.
A extração de grafeno a partir do coco babaçu representa um exemplo de como a ciência pode aliar inovação tecnológica com sustentabilidade e inclusão social. Ao aproveitar recursos naturais abundantes no Brasil e transformá-los em produtos de alto valor agregado, abre-se caminho para que o país participe de forma mais ativa na cadeia global de tecnologias avançadas.
O grafeno, com todas as suas aplicações, pode ser o ponto de partida para impulsionar novas indústrias e estimular o desenvolvimento de regiões historicamente marginalizadas.
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