Junto com a Laudato si', cresceram árvores e crianças às margens do Paranapanema em SP

Junto com a Laudato si’, cresceram árvores e crianças às margens do Paranapanema em SP

Religião

Cinco anos após o mutirão de limpeza e cuidado às margens do Rio Paranapanema, na região da pequena cidade de Timburi, a gente reencontra os irmãos Felipe e Manuela Cunha, hoje adolescentes, que confirmam como pequenos gestos se tornam grandes tesouros para as novas gerações. Aquela muda de árvore plantada pelas crianças cresceu e se tornou símbolo de esperança e de cuidado com a casa comum para gerar frutos de justiça e paz.

Andressa Collet – Vatican News

Em 2020, durante o Tempo da Criação, um grupo de crianças e jovens se reuniu na região de Timburi, às marges do Rio Paranapanema, para um mutirão de limpeza e de cuidado inspirado pela Encíclica Laudato si’ do Papa Francisco. Entre eles estava Felipe Cunha, então criança, que junto com a irmã Manuela plantou uma muda de árvore. Hoje, cinco anos depois, os adolescentes voltaram ao local onde foi lançada aquela esperança. A árvore cresceu e com ela também a consciência de que um gesto simples pode atravessar gerações. “Me enche de alegria ver o quanto ela cresceu. Agradecemos ao Papa Francisco pelos seus ensinamentos sobre o cuidado com o meio ambiente. Espero que isso passe de geração em geração”, compartilhou Felipe com o Vatican News.

Manuela e Felipe com a árvore que plantaram há 5 anos

Manuela e Felipe com a árvore que plantaram há 5 anos

Para Almir Fernando Zanforlin Minozi, animador da Laudato si’ do Movimento Católico Global para o Clima e da Pastoral da Ecologia na diocese de Ourinhos/SP, que foi o grande incentivador daquele mutirão, o testemunho de Felipe é um sinal do que o documento de Francisco, que em 2025 completa 10 anos, gerou no Brasil: “depois de cinco anos voltamos ao local e foi uma alegria ver como as árvores estão grandes e já servindo de sombra para os visitantes. Isso mostra que pequenas atitudes geram grandes resultados no cuidado da nossa casa comum. Os irmãos Cunha ficaram admirados com os frutos daquele gesto, e isso nos lembra que a semente plantada pode produzir frutos de justiça e paz. Como nos recordou o Papa Francisco durante o Jubileu do Mundo do Voluntariado: ‘nos desertos da pobreza e da solidão, tantos pequenos gestos de serviço gratuito fazem florescer rebentos de uma nova humanidade: aquele jardim que Deus sonhou e continua sonhando para todos nós’. Neste Tempo da Criação, caminhemos juntos em metanoia (arrependimento), para construir a paz, restaurar os nossos relacionamentos e ajudar a criação de Deus a florescer”.

Almir, animador Laudato si', acompanhou os irmãos ao local do mutirão de 2020

Almir, animador Laudato si’, acompanhou os irmãos ao local do mutirão de 2020

Os protetores da criação

A Igreja local também se alegra com os frutos desse caminho. O Pe. Paulo, assessor diocesano da Pastoral da Ecologia na diocese de Ourinhos, destacou o quanto “somos chamados a ser guardiões da criação. Celebrar os 10 anos de publicação da Encíclica Laudato si’ é reconhecer que a Pastoral cresce como uma semente que germina no tempo de Deus e na ação do Espírito. O cuidado com a criação é expressão de caridade, não só com os irmãos e irmãs, mas com toda a obra de Deus”.

O gesto de Felipe e Manuela com a árvore sintetiza a mensagem que hoje ecoa em todo o mundo: cuidar da casa comum é também cuidar das gerações futuras. No marco dos 10 anos da encíclica e neste Tempo da Criação, a experiência no Paranapanema mostra que plantar árvores, unir famílias e semear consciência ecológica são passos concretos de transformação e cuidado com a casa comum.

Fonte Original

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.