A grande delegação é proveniente da região italiana da Úmbria, “coração verda Itália, tesouro de arte, terra de santos e santas”, disse o Papa na sua saudação. Rodeados por essa beleza, Leão XIV encorajou os peregrinos a apreciá-la e amá-la, deixando “que ela lhes fale de Deus e tornem-se, por sua vez, anunciadores dela. Convido-os a viver assim também esta Eucaristia: gratos, unidos, atentos, maravilhados e prontos para partir do Altar como missionários do amor e da paz”.
Andressa Collet – Vatican News
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O Papa Leão XIV fechou a série de 8 audiências na manhã deste sábado (13/09) ao acolher cerca de 6 mil peregrinos provenientes das dioceses da região italiana da Úmbria. A grande delegação veio a Roma para o Jubileu da Esperança, símbolo de “um itinerário espiritual importante de conversão e renovação”, um gesto muito maior que o próprio “sinal físico do caminho”, disse o Pontífice em sua calorosa saudação aos bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis que “percorreram juntos um trecho do percurso, rezando e meditando; atravessaram a Porta Santa, cuja passagem, no perdão, marcou para cada um de vocês o início de uma vida nova”. Na sequência, lembrou ainda o Papa, na celebração da Eucaristia, os peregrinos irão oferecer ao Senhor “tudo o que são e tudo o que têm, unidos pelo Espírito em um único Corpo”.
Fiéis do coração verde da Itália, como Acutis
“Vocês vêm de uma região belíssima sob muitos aspectos: coração verde da Itália, com a sua natureza exuberante; tesouro de arte, com suas vilas e suas tradições; terra de santos e santas. Cada uma de suas comunidades poderia contar uma história única nesse sentido, evocando nomes bem conhecidos e histórias menos conhecidas. Vê-los aqui juntos faz pensar precisamente na beleza do Corpo de Cristo em sua harmonia colorida. A ela remetem as paisagens das suas terras, nas quais a criação se funde com a obra do homem e a arte e a natureza se complementam mutuamente.”
Mas, acima de tudo, continuou o Papa, é uma região que testemunha “séculos de santidade” por onde passaram “místicos e penitentes, poetas e teólogos, anacoretas silenciosos, mulheres cheias de fé e de coragem, jovens entusiastas, que de época em época transmitiram a mesma herança maravilhosa: o Evangelho de Jesus”. Leão XIV disse que seria até difícil fazer citações, porque deixaria de mencionar alguns, mas lembrou que, “justamente do rio de bondade” da Úmbria veio a inspiração e a força de Carlo Acutis, o “jovem santo que foi canonizado no domingo passado”.
Ao final da saudação, Leão XIV recordou São Paulo VI e o seu conceito de beleza, “aquele fruto precioso que resiste ao desgaste do tempo”, “une gerações” e é tão necessário neste mundo para “não se afundar no desespero”: