O apelo de Leão XIV pelo respeito ao direito humanitário internacional em Gaza

O apelo de Leão XIV pelo respeito ao direito humanitário internacional em Gaza

Religião

Contemporaneamente à invasão da Cidade de Gaza, ao final da Audiência Geral o Santo Padre renovou seu apelo por um cessar-fogo, pela libertação dos reféns, por uma solução diplomática negociada e pelo pleno respeito ao direito humanitário internacional: “Convido todos a se unirem à minha premente oração, para que em breve possa despontar um amanhecer de paz e justiça”.

Vatican News

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Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 17, Leão XIV expressou sua “proximidade ao povo palestino em Gaza, que continua a viver no medo e a sobreviver em condições inaceitáveis”, forçado a se deslocar, mais uma vez, de suas terras. As palavras do Pontífice foram recebidas com aplausos pelos fiéis na Praça de São Pedro:

Expresso a minha profunda proximidade ao povo palestino em Gaza, que continua a viver no medo e a sobreviver em condições inaceitáveis, obrigado pela força a deslocar-se — mais uma vez — das próprias terras. Diante do Senhor Todo-Poderoso, que ordenou “Não matarás”, e à luz de toda a história humana, cada pessoa tem sempre uma dignidade inviolável, a ser respeitada e protegida. Renovo meu apelo por um cessar-fogo, pela libertação dos reféns, por uma solução diplomática negociada e pelo pleno respeito ao direito humanitário internacional. Convido todos a se unirem à minha premente oração, para que em breve possa despontar um amanhecer de paz e justiça.

Na noite de ontem, ao deixar Castel Gandolfo para voltar ao Vaticano, o Papa havia confirmado aos jornalistas que o aguardavam diante da Villa Barberini que havia falado por telefone com a comunidade de Gaza, expressando sua preocupação:  “Muitos não têm para onde ir e isso é preocupante. Também falei com os nossos lá, com o pároco. Por enquanto, eles querem ficar, ainda resistem, mas é preciso realmente buscar outra solução.”

De fato, durante a noite entre segunda-feira, 15 de setembro, e terça-feira, 16 de setembro, o exército israelense lançou uma invasão massiva da Cidade de Gaza com aviões, drones, mísseis e helicópteros. “Esta operação é apenas o começo”, explicaram oficiais militares israelenses. Tanques e forças especiais avançaram diretamente para o centro da cidade, onde se acredita que muitos dos reféns estejam escondidos”.

Os mortos já são mais de cem, enquanto 370 mil  palestinos estão em fuga. Em meio a um cenário apocalíptico, o porta-voz do exército israelense, Avichay Adraee, anunciou aos moradores da Cidade de Gaza a abertura de uma “rota de trânsito temporária” para o sul da Faixa de Gaza, diante do avanço do exército israelense. Em uma publicação no X, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmou em árabe que o trânsito pela Rua Salah al-Din será possível a partir das 12h de hoje até as 12h de sexta-feira, 19 de setembro. Até o momento, os moradores da Cidade de Gaza deixaram a cidade pela estrada costeira, enquanto a Rua Salah al-Din é uma artéria interna da Faixa.

 

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