Centrão se irrita com PT na votação da PEC da blindagem e MP da tarifa social de energia fica ameaçada

Centrão se irrita com PT na votação da PEC da blindagem e MP da tarifa social de energia fica ameaçada

Politica

Câmara aprova PEC que aumenta blindagem judicial para deputados e senadores, a chamada “PEC da Blindagem”
Os partidos do Centrão se irritaram com a baixa adesão da base governista à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta a blindagem judicial para deputados e senadores.
Apesar da aprovação da proposta, líderes da Câmara avaliam que a oposição buscará uma resposta criando dificuldades para aprovar a medida provisória que amplia a tarifa social para a conta de luz.
A chamada PEC da Blindagem foi aprovada nesta terça-feira (16), mas contou, segundo líderes do Centrão e da oposição, com menos votos do que o esperado da base governista.
Segundo deputados ouvidos pela TV Globo, a negociação da PEC se arrastou por demanda, sobretudo, do PT.
Câmara vota PEC da Blindagem
Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
Após alterações no texto para contemplar o partido do presidente Lula, que envolveram até a troca do relator do texto, 12 dos 67 deputados petistas votaram a favor do texto, quantidade considerada baixa pelo Centrão.
“Foram idas e vindas no texto e depois não ajudaram na aprovação da proposta”, disse um líder do Centrão.
De acordo com oposicionistas, o PT ainda atuou para demover deputados do PCdoB que já tinham se manifestado a favor do novo texto apresentado pelo novo relator, Claudio Cajado (PP-BA).
Um segundo líder da oposição ouvido pela reportagem afirmou que os poucos votos entregues pelo PT na votação da PEC mostram que não há interesse do governo em dialogar com a Casa, mesmo em um projeto que buscaria a valorização do Legislativo de forma geral, o que faz com que a oposição também não queira dialogar com o governo.
Quase oito milhões de famílias têm direito à tarifa social pra conta de luz mas não recebem benefício
Diante disso, líderes na Câmara acreditam que a oposição deve impor dificuldades para que a MP da tarifa social seja votada. A medida enviada pelo governo precisa ser analisada pela Câmara e Senado nesta quarta-feira (17), último dia de vigência antes de perder validade.
O governo também avalia que a MP está em risco, mas está apostando em apontar para os deputados a alta impopularidade da retirada no benefício das contas de luz, o que acontecerá caso a MP não seja votada.
O relator da medida provisória, Fernando Coelho Filho (União-PE), também admite dificuldades.
“Acho que já atrapalhou hoje. Amanhã vamos ver como será”, disse. “Amanhã a oposição vem com pauta de anistia. Não dá pra dizer como será amanhã”, afirmou com pessimismo.

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