No dia do onomástico de Leão XIV: Robert e a alma de Agostinho

No dia do onomástico de Leão XIV: Robert e a alma de Agostinho

Religião

Em 17 de setembro, data em que a Igreja celebra São Roberto Belarmino, o Pe. Robert Hagan, superior da Província Agostiniana de São Tomás de Villanova, fala sobre o Papa, seu amigo de longa data: ele ajuda o mundo a descobrir o que mais precisa hoje, “verdade, unidade, amor, amizade”.

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Pe. Paweł Rytel-Andrianik e Karol Darmoros – Vatican News

O Padre Robert Hagan conhece o Papa há 27 anos e destaca que Leão XIV sabe combinar uma profunda ligação com Deus, feita de oração e desejo de estar perto das pessoas. O superior da Província Agostiniana de São Tomás de Villanova traça um perfil do confrade que ascendeu ao Santo Trono de Pedro: “ele tem essa incrível combinação de relação orante com o Senhor e o desejo amoroso de estar com as pessoas. Este filho de Agostinho é agora o Bom Pastor para todos nós”.

Um homem de missão e comunidade

De Robert Francis Prevost, o Pe. Hagan lembra-se de quando era provincial em Chicago e depois prior geral da Ordem. “Eu pronunciei meus votos ao prior geral Robert Prevost. Ele era gentil e acessível, e agora, neste papel que diz respeito a todos nós, podemos entender porque Deus o escolheu”. Segundo o religioso, a espiritualidade de Leão XIV está profundamente enraizada nos valores de Santo Agostinho. “Pontifex significa construtor de pontes”, observou, acrescentando que suas palavras ecoam os acentos agostinianos: um chamado à paz, à amizade e à comunidade. O Papa, sublinha, ajuda o mundo a descobrir o que mais precisa hoje: “Veritas, Unitas, Caritas – verdade, unidade, amor, amizade”.

“Quem está no balcão? Aquele é o nosso confrade!”

O novo Papa, observa ainda o Pe. Hagan, conquistou o apoio dos fiéis através do seu estilo de comunicação: calmo, claro e acessível. Os jovens, diz ele, ficam envolvidos, “mesmo aqueles que erraram sentem um convite para voltar”. Uma parte importante da trajetória de Leão XIV é o seu trabalho missionário. “Ele é americano, mas também serviu no Peru por 20 anos com os mais pobres entre os pobres. Ele não apenas aprendeu a língua, mas também a cultura. Para nós, o prior geral era como um ‘mini-papa’”, afirma o Pe. Hagan.

Ele também relembra as emoções do último dia 8 de maio, dia da eleição. Houve uma exclamação: “Quem está naquele balcão? Roberto Francisco Prevost! Aquele é o nosso confrade”. No escritório provincial de Villanova, continua o Pe. Hagan, as pessoas choravam, riam e se abraçavam. Alguns estudantes diziam: “ele caminhou por esses mesmos caminhos, estudou nessas mesmas salas de aula, comeu nessas mesmas cantinas. E agora é o Papa”.

Os agostinianos ao lado do Papa

Para o Pe. Hagan, os primeiros meses do pontificado de Leão XIV transmitiram uma mensagem de paz e reconciliação. Há dois dias, em 15 de setembro, o Papa Leão dirigiu-se aos membros do capítulo geral dos agostinianos, sua Ordem, e disse-lhes que é o dom da caridade divina aquilo a que – destaca o Pe. Hagan – devemos olhar “se quisermos viver da melhor forma também a vida comunitária e a atividade apostólica, colocando em comum nossos bens materiais, assim como os humanos e espirituais”. E concluiu exortando os confrades a continuarem os trabalhos do capítulo “na alegria fraterna e com o coração disposto a acolher as sugestões do Espírito”, para serem “apóstolos e testemunhas do Evangelho no mundo”.

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