Missa de abertura do congresso nacional da reconciliação, pelo jubileu dos 50 anos da independência de Angola e pelo ano jubilar da esperança, a mensagem pastoral para o II ano do triénio pastoral 2024/2027, os relatórios das comissões episcopais, bem como o processo de criação de novas dioceses, constam da agenda dos trabalhos da II Assembleia Plenária de 2025 da CEAST, que arrancou nesta quarta-feira 17/9, na diocese de Viana.
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
---- Continua após a publicidade ----
O Santuário da Muxima, diocese de Viana, espaço territorial da província angolana do Icolo e Bengo, lugar sagrado, onde a Virgem Maria é venerada como Mãe, acolhe de 17 a 22 de setembro a II Assembleia Plenária de 2025 dos Bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).
Na abertura do evento, Dom José Manuel Imbamba, arcebispo de Saurimo e Presidente da CEAST, realçou que a presente Assembleia assume uma importância particular no contexto pastoral, sendo para a Igreja angolana um tempo de graça, de discernimento e de comunhão, onde todos são convidados a reflectir sobre a caminhada sinodal, a partilhar as alegrias e os desafios das dioceses e a traçar, em conjunto, os rumos da acção evangelizadora.
“Neste ano jubilar, em que Angola celebra 50 anos da sua independência nacional, a nossa voz, como pastores, deve ecoar como um sinal de esperança para o nosso povo”, afirmou o prelado.
Dom Imbamba destacou durante o seu discurso as principais actividades da caminhada pastoral neste ano de 2025, marcadas por intensas acções e profundas experiências de fé, tanto no plano interno, como regional e global.
No plano social, Dom José Manuel Imbamba fez menção que, no meio de tantas coisas boas e dignas de aplausos que têm sido feitas em Angola, assiste-se ainda com preocupação à persistência e o agravamento da pobreza das famílias angolanas, um flagelo que atinge a dignidade de muitos cidadãos.
“Infelizmente, a nossa pobreza não é apenas material, mas é também, e sobretudo, social, política, cívica, cultural e espiritual, minando a confiança nas instituições e no futuro”, afirmou.
E no próximo dia 11 de novembro, República de Angola celebra 50 anos de Independência nacional. Para Dom Imbamba as bodas de ouro são uma oportunidade para a nação, um tempo de graça, momento propício para uma mudança urgente e necessária de atitudes e de mentalidade.
“A nossa missão, como pastores e nesta hora da nossa história, é de nós assumirmos quais instrumentos de esperança e de alegria para as famílias, propondo e encorajando a instauração duma nova cultura social e política, baseada na ética, na solidariedade efectiva e na responsabilidade partilhada. Isso exige reformas profundas no aparelho do Estado, que deve estar exclusivamente ao serviço da cidadania e da prossecução do bem comum para a felicidade e dignificação de todos”, alertou Dom Imbamba.