CPMI do INSS: apontado como sócio nega sociedade com 'Careca' e diz que nunca pegou em dinheiro ilegal

CPMI do INSS: apontado como sócio nega sociedade com 'Careca' e diz que nunca pegou em dinheiro ilegal

Politica

Milton Salvador de Almeida Junior presta depoimento na CPI do INSS
Carlos Moura/Agência Senado
Um dos depoentes da CPI do INSS nesta quinta-feira (18), Milton Salvador de Almeida Júnior negou que seja sócio do “Careca do INSS” e disse que apenas prestava serviços para as empresas dele.
Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, é apontado pelas investigações como facilitador do esquema que desviou recursos de aposentados e pensionistas.
Milton Júnior é apontado pelas investigações como sócio das empresas que o “Careca” usava como intermediárias financeiras para as entidades associativas de aposentados.
Em razão disso, essas empresas recebiam recursos de diversas associações que, em parte, foram destinados a servidores do INSS”, segundo a Polícia Federal (PF)
Em sua fala, Júnior afirmou que era diretor financeiro das empresas, emitia notas a pedido de Antunes e não tinha competência para checar se os serviços eram de fato prestados.
“Não sou, nunca fui e jamais serei [sócio do careca do INSS]. Sou prestador de serviços. Ele contratou minha empresa para prestar serviços à empresa dele. Jamais fui sócio de qualquer das empresas do Careca do INSS”, afirmou.
Milton Júnior disse que fazia operações bancárias das empresas e tinha dever de acompanhar e liderar a equipe da área financeira, cuidando de contas a pagar e dinheiro a receber.
Segundo ele, o Careca do INSS disse que as empresas prestavam “consultoria técnica para as associações de aposentados”.
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Fluxo financeiro
Milton Júnior foi questionado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), qual era o fluxo financeiro das empresas das quais constava como diretor financeiro.
“No período em que estive lá, algo muito próximo a uma média de R$ 10 milhões por mês”, afirmou.
Júnior disse que foi diretor por 14 meses das empresas e que só notificou Antunes para deixar a diretoria financeira após a operação da PF.
“Identifiquei [que estava envolvido em organização criminosa], quando recebi a PF lá. O que eu via era via Metrópoles, via imprensa e os questionamentos que eu fiz ele [Antunes] negou todos. A mim dizia que não fazia nada de irregular”, afirmou
“A conversa que tive com ele era se ele tinha envolvimento e ele negou. Eu acreditei”, disse.
O depoente disse que nunca pegou em dinheiro vivo no período em que trabalhou nas empresas, que nunca presenciou políticos em contato com Antunes e nem entrou no prédio do Ministério Da Previdência Social.
Segundo ele, seu contrato com o Careca do INSS era de R$ 60 mil por mês e ele nunca recebeu dividendos.

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