O prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, cardeal Claudio Gugerotti, em mensagem ao Patriarca Pizzaballa, fala da tragédia que está ocorrendo em Gaza, diante da qual ficamos parados, olhando pela janela. Ele define como “desumano” o ataque israelense à paróquia católica da Sagrada Família, onde centenas de pessoas indefesas encontraram refúgio: um ato que viola o antigo direito de asilo.
Vatican News
Em Gaza, as pessoas continuam morrendo sob as bombas, mesmo quando fazem fila para pegar um pouco de pão: crianças, idosos e doentes; as armas mortíferas não fazem distinção. No sábado, 19 de julho, cerca de 40 vítimas morreram devido ao fogo israelense perto de um centro de ajuda humanitária onde se aglomerava a multidão. Nas primeiras horas de domingo, 20 de julho, outra criança, de apenas 4 anos, morreu devido à desnutrição.
Em uma mensagem enviada ao patriarca latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, em 17 de julho, o cardeal Claudio Gugerotti, prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais, descreve o drama de Gaza e fala da “vergonha de não ser capaz de pôr fim a essa barbárie, ficando à janela observando, como se tudo isso não nos pertencesse e não fosse uma profecia de morte para toda a humanidade”.
Diante dessa “devastação” que está afetando toda uma população, o cardeal se detém no “gesto desumano, entre tantos outros”, do ataque militar israelense que atingiu a Igreja Católica da Sagrada Família em Gaza há cinco dias, causando três mortos e vários feridos. Um ataque – afirma ele – “que viola o antigo direito de asilo, reconhecido como um progresso da civilização”: nessa paróquia, desde o início da guerra, centenas de pessoas buscam refúgio.
O cardeal se pergunta, “horrorizado”, se esse ato foi “deliberado e planejado”. Ele expressa proximidade aos feridos e ao pároco, Pe. Gabriel Romanelli, empenhado em acolher e dar refúgio a todos aqueles que o pedem. Ele agradece ao Patriarca Pizzaballa e à comunidade cristã da Terra Santa pelo “testemunho de humanidade e fraternidade”, pela proximidade com aqueles que estão “abandonados à beira da estrada desta história humana comum”. E o cardeal Gugerotti conclui: