A Universidade de Beihamg, em Hangzhou na China, abriu onze salas para professores, pesquisadores e estudantes brasileiros. A criação do Centro Beihang Brasil foi liderada pelo físico Diao Xungang. Ele viajou ao Brasil, onde deve permanecer por três meses.
“Os professores estão vindo e vamos acomodá-los, trabalhar juntos em engenharia, especialmente a parte de aviação, mecânica, inteligência artificial e big data”, disse à Folha de S.Paulo.
Segundo Diao, a universidade era chamada de Universidade Aeronáutica e Aeroespacial e, hoje, é “equivalente ao ITA”, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica brasileiro, mas sem o currículo e o comando militar. Ela é vinculada ao Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação e ex-alunos seus se destacam em startups como Deepseek.
Beihang participou do desenvolvimento de conquistas chinesas como o avião comercial C919 e a estação espacial, destaques em seu museu em Hangzhou.
“Como é uma universidade aeronáutica, teremos uma colaboração muito próxima com a USP, cujo departamento de aeronáutica em São Carlos eu conheço bastante bem”, disse o professor. “Estamos apenas começando, mas seguindo uma grande estratégia, baseada na relação entre a China e o Brasil”, continuou.
O movimento da Universidade chinesa é parte de um projeto de aproximação acadêmica com a América Latina. Há um mês, Xi anunciou 3.500 bolsas de estudo para a região, entre outras ações.
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