A família real norueguesa enfrenta uma das maiores crises públicas de sua história. O protagonista? Marius Borg, filho mais velho da princesa Mette‑Marit da Noruega, fruto de um relacionamento anterior.
Nos últimos dez meses, foi conduzida uma investigação sobre Marius, que foi concluída esta semana, conforme informaram as autoridades em uma entrevista coletiva realizada em Oslo.
Na coletiva, a polícia norueguesa revelou que Marius é suspeito de três estupros e outros 20 crimes, e que a investigação está agora nas mãos do Ministério Público.
Após essas declarações, a Casa Real norueguesa se pronunciou por meio de um breve comunicado. “O caso está seguindo o sistema legal e os procedimentos normais. Não temos nada a dizer”, afirmou Sara Svanemyr, chefe do gabinete de imprensa da família real, ressaltando novamente a imparcialidade da coroa diante da polêmica.
Os crimes dos quais Marius Borg é acusado
Em 4 de agosto de 2024, Marius foi preso sob suspeita de agredir uma companheira. Isso desencadeou uma investigação mais aprofundada, a partir da qual surgiram outras acusações.
Assim, o filho mais velho da princesa, de 28 anos, é especificamente suspeito de “um estupro com penetração” e “dois estupros sem penetração”, informou a polícia. De acordo com a legislação norueguesa, o conceito de estupro também abrange atos sexuais sem penetração, cometidos quando a vítima não consegue se defender.
Marius Borg também é suspeito de conduta sexual criminosa, abuso em relacionamento íntimo e lesão corporal, além de danos intencionais, ameaças e infrações de trânsito, segundo a polícia.
A reação do príncipe Haakon, padrasto de Marius
Desde agosto de 2024, quando Marius foi detido pelas suspeitas mencionadas, a família real norueguesa tem procurado apoiá-lo dentro do possível. Se a mãe, a princesa Mette‑Marit, optou pelo silêncio, o mesmo não ocorreu com o príncipe herdeiro Haakon.
“Acredito que o Marius está enfrentando acusações graves e que a responsabilidade cabe ao sistema judicial. A polícia e o judiciário devem ter permissão para lidar com isso, e confio que farão um bom trabalho”, declarou ele anteriormente.
Vale ressaltar que Marius Borg não faz parte da linha de sucessão ao trono norueguês e nunca desempenhou funções oficiais, ao contrário da irmã, a princesa Ingrid — que um dia será rainha.
Nenhum membro da família real foi convocado a depor no processo. O advogado de defesa de uma das vítimas chegou a pedir que Mette‑Marit fosse ouvida, mas o pedido foi negado sob a justificativa de que não havia necessidade.