A Copa do Mundo de 2026 promete ser um espetáculo grandioso, unindo três nações em uma celebração do futebol. Imagine as ruas de Nova York, Toronto e Cidade do México tomadas por torcedores de todas as partes do mundo, vibrando com a mesma paixão. Os estádios, verdadeiros templos do futebol, estarão prontos para receber não apenas os jogos, mas também a diversidade cultural que cada país traz.
Enquanto isso, o presidente Donald Trump, sempre em busca de atenção, tem demostrado que quer ser o “bola mucha” antes do maior espetáculo do planeta que é a Copa do Mundo.
Faltando apenas um ano para a Copa do Mundo nos Estados Unidos, a realidade de milhares de imigrantes latino-americanos está longe da festa e da celebração que o evento promete. Em um contraste cruel, enquanto o país se prepara para receber torcedores do mundo inteiro, muitos que buscaram no “sonho americano” uma vida digna estão sendo expulsos em operações implacáveis.
Homens, mulheres e crianças, vindos de países como México, Honduras, Guatemala, Venezuela e outros, enfrentam a dura realidade de deportações em massa. Famílias inteiras são separadas, trabalhadores que há anos contribuem para a economia americana são colocados à força em aviões rumo à incerteza. Para muitos, o retorno não significa apenas a perda de um lar, mas também o reencontro com a pobreza extrema e a violência que tentaram deixar para trás.
A ironia é evidente: o mesmo país que abre suas portas para o mundo celebrar o futebol, fecha-as para aqueles que ajudaram a construir estradas, arranha-céus, cozinhas de restaurantes e lares de milhões de americanos. O evento esportivo, que deveria simbolizar união e diversidade, acontece sob a sombra da intolerância e do endurecimento das políticas migratórias.
O que significa a Copa do Mundo em um país que rejeita os imigrantes que o sustentam? Que festa é essa que ignora o choro de crianças separadas dos pais, o desespero de quem perde tudo do dia para a noite?
Às vésperas de um dos maiores espetáculos esportivos do planeta, o verdadeiro jogo está sendo jogado fora dos campos – e milhares de latino-americanos já sabem que, para eles, não haverá comemoração.
Será vai ter Copa do Mundo nos EUA em 2026?
Crônica Marcelo Toler
Apresentador de programa esportivo e comunicador apaixonado pelo rádio. Formação acadêmica, Graduado em História pela Universidade Estadual de Goiás (Unidade Universitária de Porangatu), pós-graduado em História e Geografia do Brasil pela Católica de Anápolis, e especializado em Comunicação Pública pela FAVANI. E pesquisador buscando sempre expandir seu conhecimento nas áreas de história, geografia e comunicação.