Catholic Music Awards: finalistas cariocas

Catholic Music Awards: finalistas cariocas

Religião

Organizado pela Fundación Ramón Pané, com patrocínio do Dicastério para a Comunicação, da Pontifícia Academia Mariana Internacional e do Dicastério para a Evangelização, o prêmio celebra o melhor da música católica nas quatro línguas oficiais: português, espanhol, inglês e italiano. A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 27 de julho, em Roma.

Rita Vasconcelos – Rio de Janeiro

O Catholic Music Awards, conhecido como o Grammy da música católica, realiza sua primeira edição em 2025, com destaque para artistas do Rio de Janeiro entre os finalistas em diversas categorias. A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 27 de julho, em Roma, durante o Jubileu dos Missionários Digitais e Influencers Católicos, reunindo músicos católicos de várias partes do mundo.

Organizado pela Fundación Ramón Pané, com patrocínio do Dicastério para a Comunicação, da Pontifícia Academia Mariana Internacional e do Dicastério para a Evangelização, o prêmio celebra o melhor da música católica nas quatro línguas oficiais: português, espanhol, inglês e italiano. Os vencedores serão escolhidos por um júri técnico internacional, composto por especialistas em canto, produção musical, mixagem e composição, e a cerimônia será transmitida ao vivo pelas redes sociais do festival.

O principal objetivo é reconhecer e estimular a criatividade dos artistas católicos, valorizando produções que transmitam a mensagem do Evangelho, fortalecer a evangelização musical, especialmente entre os jovens, fomentar uma comunidade internacional de músicos católicos e reposicionar a música religiosa no diálogo cultural da Igreja.

A edição de 2025 contempla 19 categorias, que reconhecem diversos estilos e expressões artísticas, como melhor álbum, melhor cantora, melhor cantor, melhor canção litúrgica, melhor canção de louvor, melhor canção inédita, melhor produção, canção de evangelização e melhor coral paroquial, entre outras.

Os finalistas foram selecionados por um júri internacional, que avaliou conteúdo evangelizador, qualidade técnica e impacto espiritual das obras, mantendo os resultados em sigilo até a cerimônia. A premiação será realizada no Auditório Conciliazione, em Roma, com coletiva de imprensa na véspera, para apresentação dos finalistas e interação com a mídia.

Entre as categorias com maior número de indicações estão melhor canção mariana, com 23 candidatos, e melhor videoclipe musical, com 25 indicados. Destacam-se na lista de finalistas três artistas do Rio de Janeiro: Maíra Jaber, Raní Jaber e Marcelle Rocha, que representam a diversidade da música católica carioca no cenário internacional.

Entre os três músicos com maior número de indicações ao prêmio, segundo o portal Maria Studios, plataforma digital com sede na América Latina especializada em música católica, estão: a cantora norte-americana Francesca La Rosa, com nove indicações, em primeiro lugar entre os finalistas; a banda brasileira de rock católico Rosa de Saron, com sete indicações, em segundo lugar; e a cantora e compositora carioca Maíra Jaber, com seis indicações, em terceiro lugar.

Outros nomes da música católica também aparecem em posições de destaque, como a cantora Marcelle Rocha, com cinco indicações, sendo finalista em todas as categorias em que concorre. A presença desses artistas reafirma a força da música católica brasileira no cenário global.


Maíra Jaber

Maíra Jaber: 25 anos de missão e a força evangelizadora da música

Neste ano de 2025, a cantora, compositora e missionária católica Maíra Jaber celebra 25 anos de serviço na liturgia e 20 anos de missão evangelizadora no Brasil e no exterior.

Desde criança, sua história de vida se entrelaça com a música: “Minha mãe é cantora e compositora. Meu avô, Wellington Santos, foi um grande violonista e compositor de choro. Meu pai é compositor e o maior incentivador do nosso ministério”, ressalta.

A música era presença constante em sua infância, especialmente nos encontros familiares e nos festivais católicos dos quais sua mãe participava. Maíra é filha de Sandra Mara Jaber, cantora e compositora católica. Esse ambiente não só despertou sua paixão pela arte, como também plantou as sementes de seu futuro ministério. Aos dois anos de idade, já se arriscava cantando ao microfone nas reuniões musicais na casa dos avós: “Desde muito pequena eu dizia que, quando crescesse, eu seria uma cantora”, recorda.

Ainda na infância, ingressou no coro da escola, tendo ali sua primeira experiência no serviço da liturgia. Logo depois, uniu-se ao grupo musical formado por seus pais, ampliando seu envolvimento com a música litúrgica.

Após um período afastada de Deus, foi a própria música que a conduziu de volta, por meio de um convite para servir em um grupo de oração, ao lado de sua irmã, a cantora católica Raní Jaber. A partir dali, teve início seu verdadeiro processo de conversão. Mais tarde, passaram a servir juntas na missa dos jovens, na qual iniciaram, de forma pioneira, a composição de melodias para o Salmo Responsorial — uma prática ainda rara na época.

Dessa vivência nasceu o CD “Pão do Céu”, gravado em parceria com sua mãe. O álbum reúne canções inspiradas nos salmos, mas não necessariamente em sua forma litúrgica: “São canções voltadas principalmente para a oração pessoal e o louvor”, explica. Lançado em 2005, o álbum deu início à sua trajetória como missionária, abrindo portas para convites em outras paróquias e dioceses do país.

Um dos momentos mais marcantes de seu ministério aconteceu em 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Maíra atuou como produtora musical e cantora em momentos especiais, como a acolhida ao Papa Francisco, a vigília, a missa de envio e o Festival da Juventude. Motivada pelo evento, lançou o álbum “I Wait on God”, com canções em diversos idiomas. Alguns meses mais tarde, embarcou em sua primeira missão internacional.

No ano seguinte, nasceram o CD “No Deserto” e o livro “O que Deus me ensinou no deserto”, frutos de um período pessoal desafiador. “As canções deste CD e as mensagens deste livro tocaram meu coração primeiro. Através delas, Jesus trouxe cura e consolo para mim, antes de alcançar outras pessoas”, relembra.

Em 2017, uniu forças com a irmã Raní Jaber para fundar a Companhia de Artes Luz do Mundo, dedicada à evangelização através de espetáculos musicais. A cantora contou com a participação da Companhia em seu show “Natal in Concert”, que deu origem ao DVD homônimo e ao CD “É Natal (Ao Vivo)”.

Maíra Jaber possui cinco álbuns lançados. Seu trabalho mais recente, o álbum “Ouro”, apresenta canções autorais que falam sobre transformação — “assim como o ouro precisa ser purificado, o ser humano também é moldado por Deus”, afirma. Logo depois, publicou o livro *Mulheres de Ouro*, com a missão de inspirar mulheres a redescobrir sua essência. O chamado junto às mulheres tem sido uma parte importante de seu ministério ao longo dos anos.

Agora, em 2025, Maíra alcança mais um marco: é finalista do Catholic Music Awards, com seis indicações — e a terceira artista com mais nomeações em todo o festival. “É bonito ver a Igreja lançar esse olhar sobre nós, artistas e missionários católicos, reconhecendo nossa entrega e esforço para levar o Evangelho por meio da arte”, celebra.

Acostumada a ser jurada em festivais, esta é sua primeira vez como concorrente, e ela comemora a oportunidade de estar em Roma para a premiação, representando a música católica brasileira e a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro: “O sentimento é de profunda gratidão e confirmação de que estamos no caminho certo, evangelizando, levando a luz de Cristo a outros corações”, ressalta.

Maíra também compartilha a realidade de ser artista independente no meio católico, sem gravadora ou estrutura de apoio. “Costumo dizer que o artista independente é, na verdade, o mais dependente de todos — é o que mais depende de Deus para que as coisas aconteçam”, reflete.

Sobre seu processo criativo, ela conta que muitas de suas composições nasceram em momentos de dor: “Acredito que a dor é um tempo em que o artista é espremido e, assim como uma fruta espremida libera seu suco, eu entrego a minha arte. Foi assim que muitas das minhas canções nasceram”, compartilha.

Além de cantora, compositora e missionária, Maíra Jaber é preparadora vocal, regente e produtora musical. É doutoranda e mestre em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com formação complementar em Música Litúrgica, Performance e Pedagogia Vocal nos Estados Unidos.

Na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, é coordenadora vicarial da Pastoral Arquidiocesana da Música, no Vicariato Norte, formadora da mesma pastoral, além de atuar como musicista na Catedral Metropolitana e na Paróquia Nossa Senhora da Conceição e São José, em Engenho de Dentro. Maíra também coordena o movimento do Terço das Mulheres na Paróquia Jesus Eucaristia, em Engenho de Dentro.

Convicta de sua missão, ela segue firme, confiando na Providência Divina e na força evangelizadora da arte. “Acredito profundamente que a arte tem o poder de tocar onde as palavras não alcançam. Um dia, através da música, Deus me resgatou. Por isso, sigo investindo — teimosamente e com fé — para que esse ministério continue gerando frutos para o Reino de Deus”, conclui.

A cantora e compositora Maíra Jaber está concorrendo nas categorias: melhor álbum – “Ouro”, melhor cantora feminina – canção: “Por Suas Chagas”, melhor canção litúrgica – canção: “Pão Vivo”, melhor canção de catequese (tradição, doutrina e magistério) – canção: “Pão Vivo”, melhor canção mariana – canção: “Espelho de Mulher” e melhor canção portuguesa – canção: “Por Suas Chagas”.

Marcelle Rocha

Marcelle Rocha

Marcelle Rocha: a trajetória de fé, música e missão

Marcelle Rocha, carioca de 37 anos, carrega na voz e no coração uma história de fé e dedicação à música que começou ainda na infância. Desde os oito anos, quando ingressou no coral do Instituto Nossa Senhora das Dores, em Brás de Pina, ela percebeu que a música ocupava um espaço essencial em sua vida. Incentivada pela avó, que possuía bela voz e habilidade ao piano, Marcelle viu a semente do canto ser fortalecida em sua infância. Em diversos momentos, ela fez questão de lembrar com gratidão o papel da avó nesse início: “Minha avó tinha uma bela voz, tocava piano e sempre foi uma grande incentivadora. Sou muito grata a ela por isso”, afirmou.

Seu interesse pela música se transformou em formação e compromisso. Com o apoio incondicional de seus pais, estudou na tradicional Escola de Música Villa-Lobos, teve aulas com professores particulares e, mais tarde, também passou a ensinar técnica vocal para iniciantes. Com o tempo, sua trajetória incluiu apresentações em teatros, eventos paroquiais, retiros e celebrações religiosas, sempre utilizando o canto como um instrumento de acolhimento e evangelização. Segundo Marcelle, com o amadurecimento da fé, compreendeu que a música é parte fundamental de sua identidade e da forma como se comunica com o mundo. Ela reconhece que, em muitos momentos, conseguia acolher mais corações através do canto do que por meio de palavras ou discursos.

A raiz de sua caminhada religiosa sempre esteve ligada à Basílica Santuário de Nossa Senhora da Penha, na Penha, onde recebeu os sacramentos do Batismo e da Crisma, e onde serve na música litúrgica desde os 15 anos. São mais de 22 anos de serviço no Santuário de Nossa Senhora da Penha, o que ela descreve como motivo de profunda alegria e gratidão. A devoção mariana é uma marca forte em sua espiritualidade e em suas composições.

Durante sua trajetória, Marcelle também integrou o ministério Amigos pela Fé, formado por músicos católicos do Vicariato Leopoldina, da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Com o grupo, participou de festivais paroquiais e conquistou prêmios, entre eles o de melhor intérprete feminina. Além de apresentações, o grupo atuava em retiros e eventos comunitários, numa vivência que a cantora descreve como muito especial.

No ano de 2024, Marcelle deu início a um novo capítulo em sua missão: o trabalho autoral. Ao lado dos amigos e parceiros Erick e Egder — músicos e compositores do Rio de Janeiro —, ela lançou as canções “Mar do Coração” e “Filha de Maria”. Ambas foram finalistas no Catholic Music Awards, e esse reconhecimento se tornou um divisor de águas em sua trajetória.

Marcelle conta que conheceu o Catholic Music Awards através de um grupo de WhatsApp de músicos católicos da cidade. No grupo, um colega compartilhou o link para as inscrições, mas era o último dia de prazo e ela não tinha toda a documentação pronta. “Confesso que, mesmo animada, achei que não conseguiria me inscrever a tempo”, revelou. Apesar disso, ficou muito feliz em ver uma iniciativa como aquela tomando forma. Dois dias depois, para sua surpresa, veio o anúncio da prorrogação do prazo, o que ela interpretou como um sinal de Deus. Imediatamente, organizou toda a documentação e se inscreveu em cinco categorias: melhor canção de evangelização, melhor canção em língua portuguesa, melhor cantora feminina, melhor canção mariana e melhor videoclipe.

O reconhecimento não demorou a chegar. Em pouco tempo, Marcelle recebeu um e-mail da organização informando que suas músicas haviam sido selecionadas para a etapa de escolha dos finalistas. E a alegria maior veio logo depois, quando foi confirmada como finalista nas cinco categorias em que concorreu. “Foi uma surpresa imensa, uma bênção e um presente maravilhoso de Deus”, declarou emocionada.

Sobre participar dessa premiação, a cantora afirma que, sem dúvida, é uma experiência de profundo significado missionário e espiritual. Representar o Brasil e a música católica do Rio de Janeiro em uma premiação internacional é, para ela, uma honra indescritível. “Mais do que uma conquista profissional, essa participação é uma confirmação do chamado que Deus colocou no meu coração: evangelizar através da música”, refletiu. Ela reconhece que, no início, enfrentou dúvidas e medos, mas hoje pode testemunhar com segurança que Deus a conduziu com firmeza. Para Marcelle, essa nomeação é uma resposta concreta da fidelidade divina e da força que Ele concede para perseverar na missão.

Com a cerimônia de premiação se aproximando, Marcelle vive a expectativa de estar presente em Roma, representando sua música e sua fé. Segundo ela, a ocasião será especial não apenas como artista, mas sobretudo como missionária, alguém que acredita na força transformadora da música cristã. “Acredito no poder que a música tem de tocar corações, mudar vidas e conduzir almas ao encontro de Deus”, afirmou.

Independente do resultado final, Marcelle considera sua participação no Catholic Music Awards uma grande vitória. Estar entre os finalistas com suas primeiras canções autorais já representa um testemunho de que os desafios, os medos superados e as portas abertas foram sustentados pela fé. “Caminhar até aqui, por si só, já é um motivo de profunda gratidão e de celebração”, concluiu.

A história de Marcelle Rocha é, acima de tudo, um testemunho de entrega, confiança e amor pela missão de evangelizar por meio da música. Uma trajetória construída passo a passo, guiada pela fé, pela devoção a Nossa Senhora da Penha e pelo desejo de que suas canções sejam sementes de esperança na vida de quem as escuta.

A cantora Marcelle Rocha está concorrendo nas categorias: melhor cantora feminina, melhor canção de evangelização – canção: “Mar do Coração”, melhor canção mariana – canção: “Filha de Maria”, melhor canção portuguesa – canção: “Mar do Coração” e melhor videoclipe – canção: “Filha de Maria”.

Raní Jaber

Raní Jaber

Raní Jaber: missão, música e a expressão do Mistério Pascal

Raní dos Santos Jaber é teóloga, doutora em Teologia Bíblica, professora, cantora e missionária católica dedicada ao serviço litúrgico por meio da música. Com uma trajetória na qual tem se dedicado a servir na voz e violão em missas, adorações, encontros de oração e formações, ela também atua como integrante da equipe de formadores da Pastoral da Música na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro e vice-coordenadora no Vicariato Norte. Além disso, colabora com outras pastorais, oferecendo aulas, palestras e retiros.

Raní relata que sua relação com a música começou no ventre materno, quando a mãe colocava música para ela ouvir, e também por influência de uma família muito musical. O avô, José Wellington dos Santos, era músico profissional, violonista. A mãe, Sandra, cantava, e o tio (irmão da mãe) tocava bateria. O pai, ao entrar para a família, integrou a percussão e os cuidados do som. A avó promovia os encontros familiares, que sempre resultavam em música. “Nossa família era uma banda, e foi nesse ambiente festivo e musical que minha irmã e eu nascemos e crescemos”, recorda Raní, que é irmã da cantora católica Maíra Jaber.

A mãe delas, Sandra Mara Jaber, foi pioneira como cantora católica na família, gravando discos e conquistando prêmios em festivais, o que inspirou profundamente as filhas. “Minha mãe é cantora católica até hoje, servindo na liturgia e gravando canções”, reforça Raní. O pai também já foi parceiro da mãe em composições, e já participaram juntos de um festival. Hoje é um grande apoiador do ministério das três.

Raní conta que, quando criança, recebeu os sacramentos e participou de um coral que servia nas missas da escola, mas ainda não vivia plenamente a fé católica. Somente na juventude isso se concretizaria. “A música foi a ‘isca’ que Cristo usou para me pescar”, conta ela, motivo pelo qual se alegra em servi-Lo por meio dela. Um convite para cantar em uma banda da igreja, posteriormente estendido também à sua irmã, marcou o início de uma conversão profunda. Em pouco tempo, foi chamada para cantar nas missas dominicais, recebeu o sacramento da Crisma, participou de encontros de oração e considera que encontrou verdadeiramente Jesus Cristo na Igreja Católica nesse período, sobretudo na Santa Missa, na liturgia e na Palavra que ouvia e lia. Ela afirma: “Fui alcançada profundamente por Jesus Cristo, nunca mais fui a mesma. Minha vida e minha música passaram a ser inteiramente d’Ele”, declara.

Todo esse processo foi vivido também simultaneamente por sua irmã, e juntas serviam ao Senhor na missa dos jovens. Raní conta que foram pioneiras ao compor melodias para os Salmos, num tempo em que essa prática ainda era rara.

Ela revela que suas composições autorais surgiram espontaneamente, por ação do Espírito Santo, como um transbordar do coração para Deus, especialmente nos momentos em que faltam palavras. Para ela, a música é uma forma privilegiada de comunicação com Deus e com os irmãos. A dedicação à teologia e à formação cristã marcam muitas de suas composições na direção da transmissão ou fortalecimento da fé através da música.

As duas primeiras experiências de gravação vieram como convite a uma participação especial em dois projetos de um amigo produtor: álbuns inspirados nos escritos de santos. No primeiro, Raní gravou uma canção composta em parceria (“Meu Céu na Terra”) e, no segundo, uma música de sua autoria baseada no texto de Santa Teresa d’Ávila, “Alma, procura-te em mim”. Apesar da alegria de contribuir com um projeto com o qual muito se identificava, naquele momento ela ainda não pensava em gravar suas composições originais ou se lançar como cantora católica.

Junto com a irmã, fundou a Companhia de Artes Luz do Mundo, que busca evangelizar por meio de musicais cristãos que unem diversas expressões artísticas. Nesse contexto, foi pedido a Raní suas composições autorais para integrarem os musicais, e ela conta que precisou da ajuda da direção espiritual para compreender que essas canções são dons a serem partilhados.

Suas primeiras gravações autorais foram dedicadas ao Mistério Pascal de Jesus Cristo, que é sua grande paixão: “Banquete do Amor”, relacionada à Ceia; “Jamais Te Deixo Só”, que remete à Cruz; e “Jesus, Filho de Deus”, ligada à Ressurreição. Com alegria e surpresa, recebeu a notícia de que as duas últimas foram nomeadas finalistas no Catholic Music Awards. Para Raní, mais do que a premiação, o maior presente é poder cantar o Mistério Pascal e representar a música católica brasileira com uma canção para o mistério da cruz e outra para o mistério da ressurreição. Ela afirma: “Meu grande desejo é que o Senhor possa se servir de toda a musicalidade que Ele me concedeu para a Sua glória e para o bem das pessoas que ouvirem essas canções.”

Ela e a irmã são artistas independentes, sem gravadora ou patrocínio, e produzem tudo com recursos próprios, confiando na graça e na providência de Deus, que sempre supre suas necessidades e as leva além do que imaginam. Raní faz votos de que o Catholic Music Awards fortaleça a produção fonográfica católica e que o incentivo permita continuar compartilhando os dons confiados por Deus. Para ela, suas canções são como os cinco pães e dois peixes, que, nas mãos do Senhor, se multiplicam para o alimento de Seu povo.

A teóloga Raní dos Santos Jaber concorre nas categorias: melhor novo cantor – canção: “Jesus, Filho de Deus”, e melhor canção de catequese (tradição, doutrina e magistério) – canção: “Jamais Te Deixo Só”.

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