Fux pode tentar levar recurso contra inelegibilidade de Bolsonaro para 2ª Turma, avaliam ministros do STF

Fux pode tentar levar recurso contra inelegibilidade de Bolsonaro para 2ª Turma, avaliam ministros do STF

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Fux pode tentar levar recurso contra inelegibilidade de Bolsonaro para 2ª Turma, avaliam m
O ministro Luiz Fux pode levar para a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) o recurso de Jair Bolsonaro (PL) contra a inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), avaliam ministros ouvidos pelo blog.
Em 2023, o ex-presidente foi condenado a ficar 8 anos inelegível por abuso de poder nas eleições 2022 em razão do uso do Palácio do Alvorada para fazer uma reunião em que atacou, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro.
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Bolsonaro, então, apresentou um recurso ao STF. O processo caiu, inicialmente, com Cristiano Zanin, que se declarou impedido de votar. Em maio de 2024, Fux foi sorteado como novo relator.
Na terça-feira (20), Fux pediu ao presidente do Supremo, Edson Fachin, para ir para a 2ª Turma, composta pelos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Fachin e os indicados por Bolsonaro: André Mendonça e Nunes Marques. Nesta quarta-feira, Fachin autorizou a transferência.
Atualmente, Fux é da 1ª Turma, composta também por Cristiano Zanin, Flavio Dino — ambos indicados pelo presidente Lula (PT) —, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia.
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Caso a troca seja autorizada, segundo ministros ouvidos pelo blog, existe a possibilidade de Fux decidir levar consigo os processos dos quais é relator, inclusive o da inelegibilidade.
No caso do recurso, fontes do STF procuraram o blog para que dizer que o julgamento deve ser mantido na 1ª Turma. Isso porque ao se declarar impedido para a relatoria do processo, o ministro Zanin submeteu a questão ao colegiado, que confirmou a medida. Na avaliação de técnicos, como o processo já começou a ser analisado na turma, o colegiado continuaria com preferência para julgar o recurso.
No entanto, ministros da corte ouvidos pelo blog acreditam que o tema deve ser alvo de discussão levantada pelo ministro Fux.
Para o jurista Gustavo Sampaio, a tendência maior é que o recurso de Bolsonaro permaneça na 1ª Turma. Além disso, Fux pode voltar a ela exclusivamente para julgá-lo, mas isso pode mudar.
“Caso não se redistribua a relatoria [para outro integrante da 1ª Turma], mantida a vinculação ao ministro Luiz Fux, (…), ele vai para a primeira turma para realizar o julgamento”, diz. “O Supremo está sendo frequente nas modificações de entendimento. Isso vai acabar se resolvendo entre Fachin, Fux e Dino [presidente da 1ª Turma]. O regimento é nebuloso e da margem para interpretação.”
Fux durante julgamento de Bolsonaro na Primeira Turma do STF
REUTERS/Adriano Machado
Bolsonaro inelegível por outros processos
A reunião com embaixadores não é o único fato que levou a Justiça a impedir Bolsonaro de disputar as eleições. Também em 2023, o TSE condenou o ex-presidente a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder político pelo uso eleitoral das comemorações oficiais do 7 de Setembro de 2022.
Além disso, a condenação de Bolsonaro, pelo STF, por tentativa de golpe de Estado pode deixá-lo inelegível até 2060. Fux foi o único a votar contra a condenação do ex-presidente na Primeira Turma.
Infográfico – Placar final do julgamento da trama golpista
Arte/g1

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