Almirante Almir Garnier, durante interrogatório no STF
Ton Molina/STF
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) pela absolvição do ex-comandante da Marinha Almir Garnier de todos os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República em denúncia.
🔎 O ex-comandante da Marinha responde pelos crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Com isso, o placar, no caso do almirante, está 2 a 1 pela sua condenação nos cinco crimes.
🔎O que diz a PGR? A PGR afirma que Garnier integrava o núcleo crucial da organização criminosa que teria tentado impedir a posse de Lula. A acusação afirma que ele teria colocado a Marinha à disposição de Bolsonaro para sustentar um projeto de ruptura, reforçando o braço militar da trama.
No seu voto, Fux disse que não há provas de que o ex-comandante da Marinha teria praticado os crimes imputados a ele pela PGR.
Ainda durante o voto, Fux:
minimizou reunião das Forças Armadas para discussão da minuta golpista;
disse que deve se ter prova cabal para condenar e que há dúvida quanto à conduta de Almir Garnier em reuniões nas quais ações golpistas teriam sido discutidas;
afirmou que PGR inovou em fatos da denúncia, como a inserção na acusação de um desfile militar realizado no dia em que o Congresso se reunia para analisar voto impresso.
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