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Gaza: resultados iniciais da investigação sobre o ataque à paróquia

Religião

Um relatório das Forças de Defesa de Israel explicaria que o tiro disparado contra a igreja, que causou três mortes e 10 feridos, não só não foi intencional, como também não foi causado por erro humano, mas sim por um mau funcionamento da arma

Roberto Cetera – Jerusalém

Após o ataque israelense à Paróquia da Sagrada Família em Gaza, na quinta-feira (17/07), as autoridades israelenses, escusando-se, abriram uma investigação sobre o ocorrido, prometendo que, desta vez, a investigação seria rápida e confiável (ao contrário de ocorrências anteriores, como o assassinato da jornalista cristã Shireen Abu Akleh ou o assassinato da mãe e da filha Nahida e Samar Kamal Anton no patamar da paróquia em dezembro de 2023).

Nenhum culpado

De acordo com uma reportagem de quinta-feira (24) do “Jerusalem Post”, parece que a promessa foi cumprida, embora com algumas respostas que suscitam perplexidades. Um relatório das Forças de Defesa de Israel (IDF), de fato, explicaria que o tiro disparado contra a igreja, que deixou três mortos e 10 feridos, não foi apenas não intencional, como também não foi causado por erro humano, mas sim por um mau funcionamento do projétil ou do mecanismo da peça de artilharia que o lançou. Consequentemente, nenhuma responsabilidade individual pode ser atribuída e ninguém enfrentará punição, seja criminal ou disciplinar. As Forças de Defesa de Israel não esclareceram a natureza do problema, acrescentando que o incidente, no entanto, permite melhorias nas regras que regem a abertura de fogo perto de locais particularmente sensíveis. Deve-se acrescentar que, nos últimos 22 meses de guerra, em nenhum outro incidente semelhante – como os que envolveram o assassinato de voluntários humanitários e socorristas estrangeiros, trabalhando para ONGs ou sob bandeiras da ONU – qualquer responsabilidade foi apurada e nenhum soldado foi punido.

Colonos absolvidos em Taybeh

Mas, ao mesmo tempo, os resultados de outra investigação estão causando muitas perplexidades. Trata-se da investigação conduzida pela polícia israelense sobre o incêndio provocado perto da igreja de São Jorge, na vila de Taybeh, a única vila inteiramente cristã na Palestina. Este local vinha sendo constantemente ameaçado nas últimas semanas devido a provocações e violência de colonos de um assentamento judaico próximo. Na segunda-feira, 14 de julho, um significativo grupo de diplomatas, juntamente com os patriarcas Teófilo III e o cardeal Pizzaballa, viajaram a Taybeh para expressar solidariedade aos moradores da cidade. Agora, um relatório policial contradiz a versão fornecida pelo clero e pelos moradores de Taybeh, absolvendo os colonos judeus, que as autoridades israelenses alegam não apenas não terem se envolvido no incidente, como também terem ajudado a apagar o incêndio. O relatório policial, no entanto, não esclarece quem iniciou o incêndio.

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