Exibida atualmente no Vale a Pena Ver de Novo, a novela A Viagem voltou a conquistar o público com seus personagens marcantes. Entre eles, Dudu, vivido por Daniel Ávila, é um dos que mais arrancam sorrisos dos telespectadores. Filho do protagonista Otávio Jordão (Antonio Fagundes), o menino protagoniza momentos divertidos na trama de Ivani Ribeiro. Daniel tinha apenas 9 anos quando interpretou o personagem, na exibição original de 1994.
Hoje com 40 anos, o ator revela que, apesar de não acompanhar a reprise com frequência, ainda assiste às cenas em que aparece.
“Acho divertido me ver em cena. O personagem é engraçado, a novela é maravilhosa, mas eu confesso que sempre dou uma olhadinha assim meio de rabo de olho. Mas sentar assim para assistir, não faço. Não consigo ficar vendo a novela toda, só vejo o Dudu. As pessoas são muito fãs da trama. Atualmente tá acontecendo uma coisa maravilhosa: as crianças que estão vendo o Dudu agora se manifestam lá no meu Instagram. Tô achando engraçado essa referência infantil”, conta o ator.
Mesmo após três décadas, Daniel guarda lembranças marcantes dos bastidores da novela.
“Lembro dos momentos que tinha jogo do Brasil na Copa do Mundo de 94. Eu tinha 9 anos, nem entendia muito bem sobre futebol, mas foi divertido. Como o Brasil ganhou a competição, tinham várias comemorações nos bastidores. Às vezes parava a gravação para ver o jogo. Lembro também das viagens para Itaipava (RJ) para gravar numa casa que era alugada e do Cláudio (Cavalcanti, o Alberto do folhetim), que foi um cara que me instruiu muito, me deu muito carinho e que teve um tratamento diferenciado comigo”, recorda.
Desde então, Daniel manteve-se ligado à arte. Atuou em televisão, cinema e teatro, e também se dedicou à formação de novos talentos como professor e dublador.
“Por conta de ter trabalhado muito com TV desde os 6 anos, eu acabei conseguindo um tempo para estudar cinema e dedicar ao teatro. Conheci o Amir Haddad, do grupo Tá na Rua. Aí desde os 21 anos frequento o grupo. Sempre dei aula de teatro e, atualmente, dou aula de dublagem. É legal porque você conhece todo tipo de pessoa, de diferentes idades, querendo descobrir a dramaturgia, ler e falar melhor. É um trabalho bem bacana”, relata. Recentemente, participou do 3º Festival Amir Haddad de Teatro, com apresentação ao ar livre na Lapa, no Rio.
Afastado das novelas desde Amigas e Rivais (SBT, 2008), Daniel confessa sentir saudades do formato.
“Comecei muito novo. Naquela época, eu não sabia muito para onde ia, né? As coisas foram me levando. Saudade eu sinto sempre. […] Tanto que eu não conheço mais os meios da televisão. Continuo atuando, como artista, fazendo teatro, filme… Se pintar, pintou”, diz.
Na vida pessoal, Daniel também acompanha o envolvimento artístico da esposa e da filha, Flor, de 14 anos.
“Eu tô casado há três anos […]. Ela tá desenvolvendo a atriz dela. Já a Flor também dificilmente vai ser outra coisa, né? Ela é artista pra caramba. Eu vi que ela se interessou por dublagem, começou a se dedicar no canto também”, conclui.
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