Marido de Zambelli é exonerado de Secretaria de Segurança no Ceará

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VICTORIA BECHARA E LAILA NERY
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O marido da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), o coronel Aginaldo Oliveira, foi exonerado do cargo de secretário municipal de Segurança Pública de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará.

A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Município na terça-feira (1°). O documento informa que a saída ocorreu a pedido do próprio Aginaldo.

O coronel da Polícia Militar do Ceará tinha se afastado do cargo para acompanhar Zambelli, que fugiu para a Itália. O pedido foi feito em 21 de maio. Ele alegou “motivo de doença de pessoa da família” para tirar licença até 29 de junho.

O prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), falou sobre a saída de Aginaldo nas redes sociais. “Quero agradecer ao coronel pelos serviços prestados e pelo trabalho realizado à frente da nossa segurança. Reafirmo que seguimos firmes com o nosso compromisso de garantir mais segurança para toda a população da nossa Caucaia”, escreveu.

Zambelli fugiu do Brasil no fim de maio pela fronteira com a Argentina. Ela está na Itália e foi incluída na lista vermelha da Interpol. Com isso, a deputada licenciada pode ser presa a qualquer momento.

O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, afirmou ao UOL que a captura da deputada pode levar meses. “Ela se encontra foragida. Depois de quase três semanas, não se tem ainda nenhuma informação concreta da localização dela”, disse.

A polícia recebeu informações de que Zambelli e o marido estariam em Nápoles. Antes, ela teria alugado um apartamento em Roma.

A deputada federal revelou ter deixado o Brasil no início de junho. O comunicado se deu menos de um mês depois de ela ter sido condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) por invasão aos sistemas institucionais do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com o auxílio do hacker Walter Delgatti.

Zambelli, já considerada importante aliada do bolsonarismo, já enfrentava na Justiça outros processos. Em janeiro, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) decidiu cassar o seu mandato por desinformação eleitoral.

Dois meses depois, o STF formou maioria para condená-la a cinco anos de prisão em regime semiaberto por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal durante episódio em que a parlamentar ameaçou atirar em um homem, nos Jardins, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

fonte noticias ao minuto

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