O secretário de Cultura de Goiânia, Uugton Batista, anunciou que a pasta prepara diversas ações para democratizar o acesso à cultura e movimentar diferentes regiões da capital no segundo semestre. Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, ele destacou iniciativas como o projeto Música no Bosque, a reforma do Castelinho no Lago das Rosas e a criação da Cidade da Música, espaço para grandes shows.
“Nós estamos programados para atender o restante agora no segundo semestre. Agora nós vamos ter música no bosque, que está acontecendo, gratuito para a população”, afirmou. Segundo Batista, o projeto integra apresentações musicais com a economia criativa, envolvendo feiras de artesanato e alimentação: “Quando as pessoas vão ali para assistir uma música boa, colocamos as banquinhas de artesanato. Então tem a economia criativa, cultural, tem o pessoal que vende comida lá”.
O secretário revelou que empresários estão ajudando a custear cachês de artistas, o que reduz custos para a Secretaria. “As pessoas ficam tão felizes que no bosque tem empresário pagando o cachê. Isso vai baixando o custo para a secretaria, porque a população gosta tanto”, explicou.
Entre as novidades, Uugton anunciou que o Castelinho, estrutura histórica do Lago das Rosas, passará por reforma financiada pela iniciativa privada: “Nós já temos um empresário, não posso citar o nome agora, que está bancando a reforma do Castelinho. Não é dinheiro da prefeitura”. A proposta é transformar o local em espaço para apresentações de chorinho, acompanhado de bar ou restaurante com comida típica, revitalizando o entorno: “Quando tiver o chorinho, o pessoal vai reunir ali com as famílias”.
No centro da cidade, a Secretaria planeja retomar atividades culturais para resgatar a movimentação cultural que marcou a região em outras épocas. “A Rua do Lazer nós vamos voltar a funcionar lá, sempre cada um com um gênero específico. Por exemplo, periferia, nós vamos ter o hip-hop que eles gostam, sertanejo que eles gostam. O prefeito quer atender a população em geral”, pontuou Batista.
Ele também confirmou a volta do “Som de Mercado” em regiões como a Vila Nova e a Rua 74, que contará com apresentações de vários gêneros musicais. O secretário aproveitou para destacar o sucesso do Arraiá de Goiânia, que em sua 22ª edição se tornou, segundo ele, a maior da história da cidade: “Foi o maior que aconteceu nesse formato, com cantor participando, todos os gêneros, banda, dupla, DJ, eletrofunk, sertanejo. Já arrecadamos mais de 50 toneladas de alimentos e o povo assistiu a shows gratuitos”.
Cidade da Música
Em resposta à demanda por um espaço de grande porte para eventos, Batista confirmou que a Prefeitura planeja construir a Cidade da Música, que poderá receber até 100 mil pessoas. “Já tem o local definido. Vai acontecer que terão shows 24 horas, não vai precisar desligar o som. Vai atender todos os gêneros de música também, por isso que não é Cidade Sertaneja, é Cidade da Música”, ressaltou, garantindo que a área será afastada de moradias para evitar problemas com barulho.
No encerramento da entrevista, o secretário se defendeu de críticas que recebeu sobre sua gestão, afirmando que trabalha para ampliar o acesso da população mais pobre à cultura: “Eu vou fazer evento que atenda a população mais pobre e sou atacado por isso? Quem já foi pobre, já comeu comida no lixo, sabe o quanto a pobreza é discriminada”, declarou. Ele criticou diretamente uma influencer goiana questionou a gratuidade do evento.
No vídeo original, ela questiona a decisão do prefeito Sandro Mabel (UB), autor da iniciativa, insinuando que a população mais humilde do estado “não tem educação suficiente” para frequentar a festividade.
Segundo Batista, o maior objetivo da Secretaria é transformar Goiânia em um dos maiores destinos turísticos do Brasil: “Esse é o maior pulo da Secretaria da Cultura: transformar Goiânia em uma cidade turística, uma das maiores do Brasil”, concluiu.
O Jornal Opção questionou a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) onde será a Cidade da Música, mas a pasta informou que ainda não há um local definido.