Zuppi e De Paz: compartilhada responsabilidade pela paz em Gaza

Zuppi e De Paz: compartilhada responsabilidade pela paz em Gaza

Religião

Eleva-se da Arquidiocese de Bolonha, norte da Itália, o apelo de católicos e judeus para que cessem as armas no enclave palestino, os reféns sejam libertados e devolvidos os corpos dos que morreram. Em uma declaração conjunta do cardeal Zuppi e do presidente da Comunidade Judaica de Bolonha, Daniele De Paz, o apelo às autoridades italianas e internacionais

Vatican News

“Diante da devastação da guerra na Faixa de Gaza, dizemos em uníssono: cessem as armas, as operações militares em Gaza e os disparos de foguetes contra Israel. Que os reféns sejam libertados e devolvidos os corpos dos que morreram. Que os famintos sejam alimentados e os feridos sejam tratados. Que os corredores humanitários sejam permitidos. Que cesse a ocupação de terras destinadas a outros. Que se volte ao caminho do diálogo, única alternativa à destruição. Condenemos a violência.” A declaração conjunta do arcebispo cardeal Matteo Zuppi e do presidente da Comunidade Judaica de Bolonha, Daniele De Paz, “Sobre a guerra em Gaza e a responsabilidade compartilhada pela paz”, divulgada pela arquidiocese, é difundida com a consciência “da gravidade do momento presente e da responsabilidade moral que nos une como fiéis e como cidadãos”.

Chega de guerra

O presidente da Conferência Episcopal Italiana e o presidente da Comunidade Judaica de Bolonha expressam sua condenação conjunta a todo ato terrorista que atinge civis indefesos e pedem o retorno ao respeito ao direito, única garantia de encontro e confiança. “Nenhuma causa pode justificar o massacre de inocentes”, diz a declaração conjunta. “Muitas crianças morreram. Nenhuma segurança jamais será construída sobre o ódio. A justiça para o povo palestino, assim como a segurança para o povo israelense, só pode ser alcançada por meio do reconhecimento mútuo, do respeito aos direitos fundamentais e da disposição de dialogar.

O grito de uma humanidade ferida

Chega de guerra! É o grito de uma humanidade que não quer e não pode se acostumar ao horror da violência, escrevem o cardeal Zuppi e o presidente De Paz. “É o grito de palestinos e israelenses e de todos os que continuam a acreditar na paz.” Mas não pensemos que esta é uma questão limitada ao que está acontecendo no Oriente Médio; de fato, a declaração reitera claramente sua rejeição a toda e “qualquer forma de antissemitismo, islamofobia ou cristianofobia que explora a dor e serve somente para semear mais ódio.”

O apelo que se eleva de Bolonha

“Que a dor una, não divida. Que a dor não cause mais dor. O diálogo não é fraqueza, mas força.” É justamente com base nessas reflexões, explicam os autores da Declaração, que um caminho de paz e diálogo pode dar os primeiros passos e que a responsabilidade deve ser compartilhada. Por isso, pedem às instituições italianas e internacionais “coragem e lucidez para abrir espaços de encontro” que possam envolver a todos.

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